Curso é autoinstrucional, com 40h de duração. As inscrições vão até 8 de setembro
Muito mais do que a simples localização de casos de doenças, o geoprocessamento em saúde permite relacionar a ocorrência de doenças com fatores ambientais, socioeconômicos, oferta de serviços de saúde, entre outros. Esse trabalho é chamado de análise espacial e geoprocessamento em saúde, estratégia utilizada para visualizar espacialmente, por exemplo, surtos de doenças.
Nessa perspectiva, o Ministério da Saúde oferece o curso autoinstrucional “Análise Espacial Aplicada à Vigilância em Saúde e Ambiente”, desenvolvido em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz), tendo como professoras Mônica Magalhães e Renata Gracie, especialistas na temática. O objetivo é preparar gestores, pesquisadores, docentes, estudantes e profissionais da saúde para utilizar a análise espacial como ferramenta estratégica na vigilância em saúde e ambiente, aprimorando o monitoramento de fenômenos relacionados à saúde pública e ao meio ambiente.
O curso faz parte do Programa de Fortalecimento da Epidemiologia nos Serviços de Saúde ( PROFEPI ). Ele é composto por quatro módulos, com carga total de 40 horas, abrangendo temas como fundamentos da geografia da saúde, sistemas de informação geográfica, cartografia temática, fontes de dados, métodos de análise espacial e interpretação de mapas.
As inscrições estão abertas até 8 de setembro de 2025 e podem ser realizadas na Plataforma Campus Virtual de Saúde Pública da OPAS/OMS . Após o fim das inscrições, os cursistas terão oito semanas para concluir a formação.
Para a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS, Mariângela Simão, a iniciativa reafirma o compromisso do Ministério da Saúde com a qualificação contínua dos trabalhadores e trabalhadoras da vigilância. “Nosso objetivo é ampliar o acesso ao conhecimento e apoiar o trabalho daqueles que atuam na vigilância em saúde no país”.
Inteligência Artificial
O Ministério da Saúde também utiliza a inteligência artificial na vigilância em saúde. Atualmente, a pasta está ministrando o Curso de Introdução à Inteligência Artificial para Predições em Vigilância em Saúde e Ambiente, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O curso, que também faz parte do PROFEPI, se destaca por ser a primeira iniciativa do Programa a contar com participantes de todos os estados do Brasil e Distrito Federal. Com carga horária de 80 horas, o curso tem como professor-coordenador Alexandre Chiavegatto Filho.
Referência nacional e internacional em machine learning aplicado à saúde, Chiavegatto é Professor Livre-Docente da Universidade de São Paulo (USP) e Diretor do Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde (LABDAPS), da Faculdade de Saúde Pública da USP. “Estamos na primeira turma do curso, formada por 75 cursistas. O próximo passo é disponibilizar o curso de forma autoinstrucional e permitir a adesão de profissionais de todo país. Nossa expectativa é que isso ocorra ainda em 2025”, ressalta Mariângela Simão.
João Moraes e Swelen Botaro
Ministério da Saúde